segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Tribunal de Justiça do Estado do Pará




O Instituto Lauro Sodré foi fundado em 1893 e nos primeiros momentos funcionava como internato, mas depois de alguns anos se tornou uma Escola Profissionalizante. A partir de 1994 ele era o museu do estado do Pará, até ser tombado e reformado para se tornar o Tribunal de Justiça do Pará. 

A construção tem uma diversidade de estilos arquitetônicos, com predominância de traços neoclássicos. Desde 2006, o monumento abriga a sede do Tribunal de Justiça do Estado, na Avenida Almirante Barroso. O antigo prédio foi edificado para abrigar o originalmente denominado ‘Instituto Paraense de Educandos Artífices’, logo depois passou a se chamar Instituto Lauro Sodré. Funcionava como instituição pública voltada à profissionalização de meninos órfãos ou em situação de extrema pobreza. 

Os homens cursavam mais os cursos técnicos de mecânica, enquanto as mulheres aprendiam coisas do lar, como a culinária. Embaixo, funcionavam as salas de cantina e de arte. A estrutura física do antigo Instituto Lauro Sodré passou por diversas reformas e fases de completo abandono por parte do poder público. 


A outra reforma que ocorreu, antes de ser transformado no atual TJE, já foi em pleno século XX, quando uma parte da estrutura desabou. Só após disso é que o monumento passou por uma grande reforma e hoje brilha em meio ao caos do centro da cidade.


As salas do prédio que funcionavam como dormitórios dos alunos, hoje são as salas dos advogados.

As escadas são bem formais. Os vários detalhes no chão têm contornos exatos apesar de sua imagem abstrata. É possível perceber também a regularidade nas formas usadas e a serenidade e simetria do local.

Imagem com clara exatidão e harmonia nos contornos, feito com técnicas apuradas para que os detalhes permanecessem formais e racionais, assim como a maioria das outras representações presentes no instituto.




Atrás do Antigo Prédio foi construído outro que ligasse os prédios dos Desembargadores (moderno, á direita) ao prédio dos presidentes das câmeras, advogados etc. (antigo á esquerda). O único meio de se locomover entre eles, é se dirigir para o segundo andar onde há uma ligação e através do térreo. O tribunal de Justiça serve atualmente para julgar todos os processos civis e os processos criminais do Estado do Pará. 



Comparações com o Neoclassicismo 

Mesmo considerando que detalhes decorativos podem ter sido introduzidos posteriormente no prédio, há no projeto de Castro Figueiredo, sem dúvida de intenção neoclássica, elementos que denunciam a introdução de valores da diversidade arquitetônica. O interior do prédio, típico de fases de transição, associa pisos trabalhados em vários tons de madeira e desenhos muito elaborados com elementos característico da modernidade quanto do neoclassicismo, por isso é chamado de uma arquitetura eclética, por sua diversidade arquitetônica, além da arquitetura neoclássica, as colunas internas metálicas, por exemplo. Tanto as colunas, como os outros elementos metálicos, adotam formas neoclássicas com rebuscados desenhos, seja nos capitéis que imitam os clássicos coríntios, seja nas gárgulas do estilo gótico, e a ambigüidade é constante no período e demonstra a lenta acomodação ás novas técnicas.

Capitel Coríntio


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